Receba todas as notícias em tempo real no nosso grupo do whatsapp.
Basta clicar no link abaixo
Convocada às pressas, a reunião no Palácio Iguaçu no fim da manhã desta terça-feira (26) contou com a presença do governador Ratinho Junior (PSD), do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Marcel Micheletto (PL), e de mais uma dezena de parlamentares.
Dois assuntos dominaram a pauta do encontro. O primeiro deles e mais importante para o governo: a CPI da Segurança Pública. Micheletto não fez rodeios. Fez um apelo para que os deputados retirassem a assinatura da CPI. E para aqueles que tivessem tendência para assinar, que não o fizesse. O recado é claro. Governo não quer CPI em ano de eleição.
O governador fez uso da palavra. Disse que não temia qualquer CPI porque não havia nenhuma irregularidade na segurança. Destacou os pontos positivos da Segurança Pública e os resultados alcançados no ano passado, como a redução de 20% no caso de roubos e queda de 5,7% no número de mortes violentas intencionais.
Ratinho chegou a comparar o atual momento da segurança com o cenário nos governos anteriores citando denúncias de superfaturamento de marmitas para presos e que, durante o atual governo, policiais não tiveram que empurrar viaturas sem gasolina. Chegou até a relembrar a CPI da JMK aberta em junho de 2019 para investigar a empresa suspeita de causar um prejuízo de mais de R$ 125 milhões dentro do contrato de manutenção e conserto de veículos oficiais do Governo do Paraná na gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB).
O outro assunto foi a gestão do secretário da Segurança Pública Coronel Rômulo Marinho. Alguns deputados pediram a palavra, fizeram críticas pontuais que o governador as ouviu com atenção. Relataram a falta de comando do atual secretário, “mas ninguém pediu a cabeça dele”, disse um parlamentar que esteve na reunião.
Conclusão da reunião? Recado entendido. Governo não quer CPI em ano de eleição. Agora sobre a retirada de assinaturas… Disseram na reunião que o requerimento de criação da CPI foi assinado por “deputados governistas fortes” e enquanto eles não tirarem a assinatura, ninguém vai retirar. “Ou todos retiram ou ninguém”, completou o parlamentar.
É bom lembrar que a assim como o governador irá enfrentar uma eleição em outubro, os deputados também irão. Portanto, muita calma nesta hora.
A avaliação é que Micheletto passou bem pelo primeiro “stress” como líder do governo. Nos próximos dias saberemos se ele obteve êxito.