PM’s de Guarapuava negam fala de secretário sobre planejamento

Policiais Militares do 16º Batalhão de Polícia Militar de Guarapuava divulgaram uma nota sobre a tentativa de assalto a uma transportadora de valores — ocorrida no domingo de Páscoa.

Um dos pontos que chama a atenção na manifestação é sobre a reação dos policiais depois do ato criminoso que contradiz a fala do secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Rômulo Marinho.

Diz um trecho da nota dos policiais, que “todas as ações realizadas no primeiro momento foi fruto da organização espontânea dos policiais e não de planejamento prévio como está sendo noticiado”.

O secretário, por sua vez, afirmou que havia um planejamento policial que impediu que os criminosos roubassem o dinheiro da empresa de transporte de valores.

Mas uma fonte das forças de segurança que está em Guarapuava conversou com o Blog Politicamente e revelou que de fato as polícias do Paraná, assim como as agências de inteligência, não sabiam que a cidade seria invadida pelos bandidos.

“A polícia de fato não sabia da atuação desta quadrilha no domingo de Páscoa. Até porque se soubesse teria enviado policiais de elite da polícia militar e civil para conter o bando – como já aconteceu em situações anteriores. A inteligência não tinha conhecimento. Os policiais só se deslocaram depois do ocorrido”, disse o agente da força de segurança que pediu anonimato – novamente na contramão do que afirmou Marinho em entrevista coletiva. “Os criminosos saíram da empresa de valores e fugiram somente depois que o blindado do Exército rompeu o ‘perímetro’ montado pelos bandidos. Os policiais estavam entocados dentro da sede da PM”, concluiu.

Na Assembleia Legislativa esta ação do crime organizado em Guarapuava foi a tônica dos discursos dos parlamentares, principalmente daqueles com reduto eleitoral nos Campos Gerais e também dos deputados da chamada “bancada da bala”.

O mais enfático foi o deputado Coronel Lee, que já comandou o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), unidade de elite da PM. Além de narrar o acidente que se envolveu, juntamente com a esposa, ao colidir com um dos caminhões em chamas atravessado na BR-277, Lee fez duras críticas ao secretário Rômulo Marinho.

“Governador Ratinho está na hora de sentarmos (as polícias) para conversar, mas não com pessoas como este secretario Coronel Marinho. Deixe segurança para quem entende de segurança”, disse.

 

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