Miguel Arraes não perdoaria. Eduardo Campos não acreditaria. Carlos Siqueira não saberia…
Mas a estratégia que o PSB do Paraná – hoje pilotado pelo deputado federal Luciano Ducci, lembra a tática da força aérea japonesa na Segunda Guerra: os Kamikaze.
Ducci ficou sozinho no PSB.
Os Deputados estaduais bons de voto filiaram no PSD e o outro deputado federal, Aliel Machado- mais identificado com a legenda socialista – pulou para o galho do PV.
No jogo político as coisas também complicaram para o ex-vice-prefeito de Beto Richa.
A própria candidatura à Câmara Federal de Richa, o rompimento com o núcleo duro do prefeito Rafael Greca (que ungiu Píer Petruziello candidato a deputado federal) revelam mal presságio nas bases curitibanas de Ducci.
Pelo interior do Estado a coisa está feia. Em Paranavaí, a candidatura de Tião Medeiros e do vereador Pó Royal, não vão deixar o projeto Ducci crescer no Noroeste – segunda região mais importante no mapa eleitoral de seus estrategistas.
Entre viagens a cidades sem voto e reuniões com poucos amigos, Ducci correu ao Palácio Iguaçu e trocou o apoio do partido ao Governo Ratinho pela tarefa de costura e montagem da chapa.
Ocorre que até hoje, dia 31, ninguém de peso (peso-pesado, peso médio ou peso galo) migrou para a legenda socialista. Os poucos desavisados que assinaram fichas de filiação correm o risco de virarem os próprios Kamikazes.
Porque Luciano Ducci pode se filiar ao PSD, na undécima hora.