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O deputado estadual Plauto Miró (União Brasil) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para desferir duros golpes ao próprio partido.
Com uma planilha na mão, falou da divisão desproporcional do fundo eleitoral, privilegiando alguns candidatos em detrimento de outros.
E chegou a falar em candidaturas laranjas de mulheres e levantou suspeitas sobre o destino de parte do dinheiro público de alguns candidatos para escritórios de advocacia e contabilidade.
Plauto disse que ele, Nelson Luersen, Nelson Justus foram prejudicados, já que não receberam praticamente nada do fundo eleitoral. Em contrapartida, citou o parlamentar, candidatos próximos à direção do partido receberam vultuosas quantias.
Ele citou Do Carmo, que teria recebido R$ 700 mil, Tito Barrichelo cerca de R$ 450 mil, além de Flávia Francischini e Ney Leprevost — estes dois com mais de R$ 1 milhão.
“Uma candidata mulher a deputada federal, com todo respeito, recebeu 900 mil e fez pouco mais de 2,2 mil votos. Um outra, recebeu R$ 700 mil. Uma candidata a federal fez pouco mais de 3 mil votos e teve R$ 800 mil do fundo eleitoral”, disse Plauto.
Ao fim do discurso, que se alongou e teve que usar o tempo da liderança, afirmou que vai concluir o levantamento, já que nem todos ainda prestaram todas as contas, e encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Vou encaminhar para aquele ministro do Supremo careca, o Barroso”, disse, sendo corrigido em seguida.
“Isso, o careca é o Alexandre de Moraes, que inclusive foi meu advogado quando eu disputei a vaga do Tribunal de Contas do Estado”, completou Plauto.
Nos bastidores, comenta-se que Plauto está bastante revoltado com o partido e atribui à atuação da legenda como um dos motivos pelo resultado nas urnas. Deputado de oito mandatos, Plauto em 2022 fez 21.735 e ficou na oitava suplência.
O União Brasil fez sete cadeiras na Assembleia Legislativa.
O Blog Politicamente pediu um posicionamento para a direção do União Brasil do Paraná sobre o discurso do deputado Plauto Miró.