O baque do Lorde

A primeira sessão da Assembleia Legislativa após as eleições é uma espécie de ressaca das urnas. Quem se elegeu é só sorrisos e quem não teve êxito no pleito é tristeza, explicações e terceirização da culpa pelo insucesso.

Projeto de lei para apreciação? Não. É só uma sessão de descontração depois do tenso período eleitoral. Agora só daqui a quatro anos.

Mas uma coisa é certa. Vitoriosos e os que não alcançaram a reeleição costumam retornar à Assembleia após a abertura das urnas. Foi assim hoje com Galo, Dr. Batista, Plauto Miró, entre outros que não venceram no voto.

Quem não apareceu, para espanto de muitos, foi o veterano deputado estadual Nelson Justus (União Brasil), conhecido como Lorde, pela forma como trata com seus pares.

À boca miúda, comentaram o motivo. O Justus sofreu um baque, no sentido figurado da palavra, ao olhar o desempenho nas urnas. Ele tinha certeza da reeleição. Mas obteve 38.779 votos e ficou na primeira suplência do União Brasil — que elegeu uma bancada com sete parlamentares. Em Guaratuba, no Litoral do Paraná, seu reduto eleitoral, o deputado teve 8.258 votos. Lá, quem governa é a família Justus.

Nesta terça-feita, o Lorde deve dar o ar da graça. Possivelmente ainda cabisbaixo e com pouca esperança de assumir o mandato, apesar da primeira suplência. Para entrar, e iniciar o nono mandato consecutivo, o governador Ratinho Junior teria que puxar para o Executivo um dos sete deputados eleitos.

Conta uma fonte do Blog Politicamente, que o governador não morre de amores por Justus e que esse movimento está praticamente descartado. Mas há quem acredite que Ratinho, num ato de bondade, ofereça algum cargo de segundo escalão ao Lorde. Caso não venha, Justus pendura a gravata.

 

Foto: Orlando Kissner/Alep

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