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Os dois principais concorrentes ao governo do Paraná, Ratinho Junior (PSD) e Roberto Requião (PT), elevaram o tom nas inserções políticas — aqueles comerciais exibidos, sem horário definido, ao longo da programação das TV’s. Frise-se que nas propagandas veiculadas no programa eleitoral, o discurso é propositivo — completamente diferente.
Candidato à reeleição e à frente na pesquisa, a ponto de poder liquidar a fatura já neste domingo, a campanha de Ratinho exibiu uma propaganda em que fala da presença de parentes de Requião no governo dele. Fala-se em mais de 20 familiares. Obviamente, que a inserção não traz a imagem nem a voz de Ratinho, mas quem assina a peça é a campanha encabeçada pelo PSD.
O comercial pegou muitos analistas políticos de surpresa, já que o “ataque” nunca é bem visto e costuma ser a arma de quem está correndo atrás do líder nas pesquisas. Uma fonte do QG da Carmelo Rangel disse ao Blog Politicamente que era uma resposta aos constantes ataques vindos da trincheira contrária.
Por isso, a propaganda de Requião não surpreendeu. Os comandantes da campanha petista apostaram na estratégia de aproximar a imagem de Ratinho Junior ao do presidente Jair Bolsonaro (PL) e “noticiaram” a disseminação de mensagens de SMS pró-Capitão por uma empresa que presta serviço para a Celepar — estatal de tecnologia do Governo do Paraná.
Embora Bolsonaro tenha perdido musculatura na disputa presidencial em importantes colégios eleitorais, principalmente na região Sudeste, entre os sulistas o Capitão continua bem quisto. Portanto, no Paraná, falar que Ratinho é Bolsonaro talvez não seja uma crítica — conquistar voto então…