O governador Ratinho Junior vai tirar uns dias de férias na Ásia com a família e a partir da segunda quinzena de julho começa a cumprir um extenso cronograma de entrega de obras pelo Paraná. Serão as últimas realizações e inaugurações feitas como governador de Estado. A solicitação para se ausentar do país no período de 23 de junho a 14 de julho foi encaminhada para votação na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (17).
Uma boa fonte do Palácio Iguaçu conta que Ratinho cogita deixar o governo antes do período legal de desincompatibilização — em abril de 2026. O motivo é a disputa presidencial. Alguns aliados, no entanto, têm tentado convencer Ratinho a deixar o cargo só em abril, mas ele pensa em antecipar a saída para fevereiro.
Ratinho quer deixar antes o governo para se dedicar integralmente às viagens pelo Brasil para viabilizar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Como chefe do Poder Executivo paranaense, Ratinho já tem comparecido a compromissos fora do Estado — principalmente nos Estados do Sudeste. Mas a partir de fevereiro de 26 ele quer acelerar ainda mais estas agendas pelo país.
Neste fim de semana, por exemplo, Ratinho visitou três cidades do Pará. De acordo com a fonte palaciana, Ratinho não usou a estrutura do Estado. Ele foi no avião particular da família — já dentro da estratégia de nacionalizar o nome.
Ratinho esteve em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, depois passou por Santarém e em Marabá. Não há registros de encontro entre Ratinho com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Pelo contrário. O governador paranaense fez agendas com políticos que fazem oposição a Helder Barbalho — como o prefeito Dr. Daniel (PSB), de Ananindeua.
O desencontro com Barbalho não foi por acaso e tem motivo: o governador do Pará é cotado para disputar a eleição de 2026 como vice na chapa do presidente Lula.