O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve participar de forma remota de uma parte da audiência sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro que será realizada nesta sexta-feira (23) na Assembleia Legislativa do Paraná. Quem também deve fazer uma entrada online durante a audiência é o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) que está nos Estados Unidos.
O evento, que será conduzido pelo deputado estadual Ricardo Arruda (PL) e pelo advogado criminalista Jeffrey Chiquini, tem como objetivo “promover debate e buscar justiça para todos que foram perseguidos injustamente no país”.
Idealizador da audiência, Chiquini defende o tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo que está preso e recentemente virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de compor o chamado “núcleo 3” da tentativa de golpe — grupo tido como responsável pelas ações táticas do suposto plano que impediria a posse do então presidente eleito Lula. “Quando não há mais mecanismos jurídicos para combater injustiças, a única solução é a anistia pelo povo”, disse o advogado.
No rol de autoridades que devem comparecer ao evento, estão ainda o vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins (PL), o vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo) e o advogado Marcelo Barazal.
A audiência “Paraná pela Anistia” é mais um reforço na estratégia de aliados de Bolsonaro de tentar mobilizar o Congresso Nacional a aprovar a proposta de anistia aos manifestantes que participaram de alguma forma dos atos do 8 de janeiro na sede dos Três Poderes, em Brasília.
O assunto, que já esteve mais quente na Câmara e no Senado Federal, perdeu força após a eclosão do escândalo do INSS — que pode ter desviado mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas. A frieza com que o presidente da Câmara, Hugo Motta, tratou o pedido de urgência para apreciar a anistia também contribuiu para o arrefecimento da pauta.
