Cristina Graeml nem mesmo conseguiu fazer uma solenidade oficial no Paraná de filiação ao Podemos e já pode estar de saída do partido. A fusão com o PSDB pode selar a rápida passagem dela pela legenda de Renata Abreu — a pouco mais de um ano da eleição de 2026.
Pessoas próximas a Cristina Graeml confidenciam que a iminente fusão do Podemos com os tucanos “dificulta a permanência” da jornalista no quadro do partido — ela que tem pretensão de disputar uma vaga no Senado Federal no pleito do ano que vem. Aliás, Cristina Graeml se filiou ao Podemos com a sinalização de Renata Abreu de que a paranaense é a pré-candidata à Câmara Alta do partido, embora não haja este compromisso formal para 2026.
O principal entrave de manutenção de Cristina Graeml neste casamento com o PSDB é a grife tucana. Como a fusão prevê a união dos dois partidos, formando uma nova agremiação, a preocupação é que ela seja associada ao PSDB — partido que ela desferiu críticas durante a eleição municipal de Curitiba em 24. A dificuldade, cita uma fonte do Blog Politicamente, seria justificar ao eleitor esta fusão de Cristina Graeml com Beto Richa.
Em Brasília, comenta-se que a nova sigla, que nascerá da fusão do Podemos e do PSDB, pode seguir com o nome PSDB ou então passar a ser chamado de “PSDB+Podemos”. Independentemente da opção escolhida, provocaria a saída imediata de Cristina Graeml do Podemos. A própria convivência partidária com o ex-governador, cacique dos tucanos no Paraná e também na esfera nacional, é determinante para uma troca de legenda por parte da jornalista.
O Blog Politicamente apurou que Cristina Graeml se reuniu recentemente com representantes de alguns outros partidos. Diante do cenário indefinido, ela tem buscado diálogo para, caso necessário, mudar novamente de legenda. Recentemente, ela e seu staff estiveram com o senador Sergio Moro (União Brasil), pré-candidato ao governo do Paraná, numa visita de cortesia ao paranaense em Brasília — onde não se tratou sobre filiação.
Ainda na capital federal, Cristina esteve também com o deputado federal do Novo, Marcel van Hattem, numa reunião num hotel da cidade.
De acordo com uma boa fonte, quem anda ciceroneando ela em Brasília é o deputado federal Nelson Padovani (União Brasil), que não deve disputar a reeleição e quer ser suplente ao Senado. De olho na vaga em 26, ele é um dos principais entusiastas da pré-candidatura da jornalista ao Senado Federal.
Não é a primeira conversa da jornalista com representantes do União, mas a negociação nunca avançou por conta dos planos políticos de Cristina Graeml. Ela busca um partido que lhe garanta a vaga ao Senado Federal, enquanto os partidos tentam atrair ela para a disputa pela Câmara Federal — com possibilidade de ser a puxadora de votos.
Uma reunião em Curitiba, entre Cristina Graeml e Felipe Francischini, presidente do UB no Paraná, deve ser marcada nas próximas semanas para uma nova conversa.
Enquanto Podemos e PDSB caminham juntos ao altar, Cristina Graeml analisa a rota de fuga deste casamento e já pensa num novo noivo para 2026.