Beto Richa, Cristina Graeml e Francischini juntos? PSDB acena para Podemos e SD

No Paraná, a união dos três partidos significa colocar no mesmo palanque o ex-governador Beto Richa, o ex-deputado Fernando Francischini e a pré-candidata ao Senado, Cristina Graeml

O PSDB parece ter esgotado todas as conversas com o PSD de Gilberto Kassab e o MDB de Baleia Rossi sobre uma fusão. Nesta sexta-feira, o presidente nacional dos tucanos, Marconi Perillo, afirmou que o PSDB desistiu da união com PSD e MDB e acena agora para outros dois partidos: Podemos e Solidariedade.

Nos bastidores, o receio dos tucanos era se tornar submisso ao gigante PSD — especialmente envolvendo Aécio Neves e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no cenário mineiro. Diante do risco de se apequenar, a decisão foi abrir conversa com dois partidos menores para tentar manter o protagonismo político.

É um cavalo de pau nas negociações. O formato final da união ainda está sendo desenhado e deve ser definido no mês de março. Se a decisão for pela fusão, serão extintos PSDB, Podemos e SD para criação de um novo partido — o que desagrada a ninhada tucana que preza pelo histórico político do 45. Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que o número de urna já vem sendo discutido e desejado seria o 33, mas a ideia encontra resistência nos tucanos mais saudosos.

Reflexo no Paraná

Esta união traz, por obviedade, reflexos em todos os estados. Alguns deles, inesperados. No Paraná, a união dos três partidos significa colocar no mesmo palanque o ex-governador Beto Richa, o ex-deputado Fernando Francischini e a pré-candidata ao Senado, Cristina Graeml — que se filiou recentemente no Podemos. Sem falar no ex-senador Alvaro Dias que avalia um eventual retorno à política em 2026.

Os dois primeiros são velhos aliados. Francischini foi secretário de Beto Richa tanto na prefeitura de Curitiba quanto no Estado. Agora fica a dúvida sobre Cristina Graeml. Outro questionamento que fica: quem comandaria o diretório estadual? É uma briga de foice que será discutida e definida em Brasília sob o gigante mapa do Brasil semelhante ao jogo de WAR, onde os caciques vão “trocando” territórios até chegar, se é que vai chegar, num entendimento que agrade a todos.

É cedo para arriscar um desfecho sobre este namoro e como os personagens envolvidos reagirão aqui pela terra das araucárias. Há quem acredite que a composição pode não agradar a jornalista do Podemos. O Blog Politicamente ouviu dirigentes partidários dos três partidos e todos eles viram a união com bons olhos — pensando, principalmente, em aumentar a bancada na Câmara Federal. Leia-se: fundo partidário e tempo de rádio e TV.