Tiago tem apoio de Cidadania e “preferência” do PSDB em Londrina, após Villa fechar com adversária

Por Carol Nery

O candidato a prefeito Tiago Amaral (PSD), que disputa a prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, ganhou o apoio do Cidadania para o segundo turno das eleições municipais, que terá como oponente a progressista Maria Tereza. Por meio de nota oficial, o presidente municipal da legenda, Walmir da Silva Matos, informou que a decisão foi em conjunto com os candidatos a vereador e membros da executiva municipal.

Tiago tem apoio de Cidadania e "preferência" do PSDB, após Villa fechar com adversária
Valmir Matos (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 

“O objetivo deste apoio é assegurar que nossa cidade tenha uma administração eficiente. Nós vemos em Tiago Amaral garantias de que as ideias e projetos defendidos pelo Cidadania, como a implementação de políticas públicas ligadas ao esporte e à geração de emprego com foco nos jovens de Londrina, podem e devem ser aplicadas neste governo”, afirmou Matos.

No final da última semana, o presidente do PSDB, Gustavo Richa, não declarou efetivamente, mas deixou clara a “preferência” do partido pelo candidato do PSD mesmo sem citar seu nome, ao afirmar que “onde tiver o apoio do PT, nós vamos estar do outro lado”. Richa fazia referência ao apoio da ex-candidata Izabel Diniz, que concorreu pelo PT no primeiro turno e anunciou apoio para Maria Tereza, logo após a derrota nas urnas.

Tiago tem apoio de Cidadania e "preferência" do PSDB, após Villa fechar com adversária
Gustavo Richa, presidente municipal do PSDB (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 

Apoio este que foi rechaçado por Maria Tereza, em seguida. Além disso, o próprio diretório municipal do PT anunciou neutralidade em Londrina e liberou seus filiados para o segundo turno, conforme nota oficial.

“Como todos sabem, Coronel Villa foi nosso candidato a prefeito em Londrina, só que ontem ele declarou apoio à candidata Maria Tereza, e após isso muitas pessoas, muitos filiados, começaram a questionar se esse é realmente o posicionamento do partido. Quando eu assumi o partido há mais ou menos um ano, o nosso objetivo era montar um grupo de direita, porque esse é o meu posicionamento na minha vida particular e é esse posicionamento que eu quero levar para toda a cidade. Sendo assim, não posso deixar que brigas particulares interfiram na nossa linha de posicionamento”, afirmou Gustavo Richa.

Candidato da Federação PSDB/Cidadania tomou rumo oposto

A declaração do presidente municipal do PSDB foi ao ar nas redes sociais depois que o ex-candidato Coronel Villa, que foi o nome da Federação PSDB/Cidadania nas urnas no primeiro turno, tornou público o apoio à candidata progressista Maria Tereza.

“Não faremos conchavos, não quero apoio do PT ou jogadas políticas. Quero o apoio do eleitor que vive em Londrina e precisa de uma prefeita transparente, ficha limpa e que cuide das pessoas e da nossa amada cidade!”, afirmou Maria Tereza nas redes sociais.

Coronel Villa, por sua vez, passou a ser “taxado de esquerda” ao preferir estar ao lado de Maria Tereza, como ele mesmo comentou em novo vídeo publicado nas redes sociais. “Não venham me taxar de pessoa de esquerda. De esquerda é quem participa do PSB”, disse. Segundo o militar, a população de Londrina tinha sete opções e a oportunidade de uma “mudança radical”, porém, agora “não tem para onde correr”, antes de justificar o posicionamento contrário ao do PSDB.

Tiago tem apoio de Cidadania e "preferência" do PSDB, após Villa fechar com adversária
Maria Tereza e Coronel Villa (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 

“Não há outra opção e eu não sou pessoa de ficar em cima do muro. Então, entre Tiago Amaral, cuja reputação todos já conhecem, e a Maria Tereza, eu optei por votar em Maria Tereza, a bem da população londrinense. Chega de perseguições, chega de desmandos. Nós não podemos tolerar que o Tiago Amaral sequer pense em assumir a prefeitura de Londrina. Vai ser muito ruim e é por isso que apoiei a Maria Tereza”, declarou Villa.

Ele e Tiago, aliás, tiveram alguns embates na Justiça Eleitoral durante a campanha do primeiro turno envolvendo “fake news”, o que já era um indicativo do que poderia vir na sequência, com a confirmação de uma disputa em segundo turno.

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