Receba todas as notícias em tempo real no nosso grupo do whatsapp.
Basta clicar no link abaixo
Passada a ressaca eleitoral, o União Brasil começa a pensar no rumo que vai trilhar no 2º turno da disputa pela prefeitura de Curitiba entre Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD). O deputado federal Felipe Francischini, que preside a legenda no estado, desembarca nesta terça-feira em Brasília para uma reunião com o mandachuva Antonio Rueda. Na pauta do encontro, a definição sobre o apoio no 2º turno em Curitiba.
A decisão, seja ela qual for, não deve agradar à todos. Fontes do União contaram ao Blog Politicamente que tem simpatizantes tanto de Eduardo quanto de Cristina. Mas a tendência é do partido caminhar com o candidato do PSD — até porque “é um movimento mais natural”, disse uma fonte da legenda. “O apoio formal a Cristina seria, de certa forma, uma sinalização de ruptura com o governo Ratinho”, completou. A dúvida é em relação ao posicionamento do senador Sergio Moro que em muitas cidades foi contra o candidato do governador Ratinho Junior.
“O apoio formal a Cristina seria, de certa forma, uma sinalização de ruptura com o governo Ratinho”
Após o aval de Rueda, e se a decisão for por caminhar com Eduardo, haverá uma nova conversa com o comando do PSD do Paraná e da campanha do vice-prefeito para afinar o apoio formal. Uma das contrapartidas que pode ser exigida, além, claro, de espaço numa futura gestão, é reencaixar o vereador Alexandre Leprevost, irmão do candidato Ney Leprevost, novamente na Câmara Municipal — já que ele terminou na 1ª suplência do União Brasil. Há quem aposte até na possibilidade do vereador migrar para o executivo em 2025.
Mais do que o apoio dos Leprevost, os estrategistas da campanha de Eduardo estão de olho nos quatro vereadores eleitos pelo União Brasil — todos eles com votação superior a 10 mil votos. E aí uma curiosidade chama a atenção. Dos quatro eleitos — Da Costa do Perdeu Piá, Delegada Tathiana, João Bettega e Andressa Bianchessi — os dois primeiros eram assessores parlamentares de Felipe Francischini. Andressa Bianchessi é “cria” do deputado federal Mateus Layola que despejou R$ 673.034,18 do fundo eleitoral na candidatura dela. Além do quarteto, Bruno Rossi, do Agir, também era assessor de Francischini e ganhou nas urnas uma cadeira no legislativo.
Quem também deve entrar na trincheira de Eduardo é o PP de Maria Victoria. Dos três vereadores eleitos para a legislatura 2025-2028, dois já fazem parte da base aliada do prefeito Rafael Greca e devem, por osmose, aderir à campanha do PSD.
A esquerda, maior fatia do eleitorado que não se viu representada no 2º turno em Curitiba, está num beco sem saída. A aposta é que Luciano Ducci (PSB), Goura Nataraj (PDT) e o PT, principal avalista da chapa PSB/PDT, adotem a neutralidade até 27 de outubro.
Numa disputa acirrada entre dois candidatos de Direita nenhum deles vai querer pegar na mão do PT e de partidos de esquerda — já que poderia insuflar os eleitores a migrarem para o adversário. Mas são 180 mil curitibanos que digitaram o 40 nas urnas que terão de escolher entre Eduardo e Cristina neste 2º turno.