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Por Carol Nery
A área da Saúde, junto com a Segurança Pública, Transporte e Educação, costuma ser tema de grande discussão em Curitiba, especialmente pelo anseio da população pela redução e mesmo o fim das filas para atendimento nas unidades de saúde e de pronto-atendimento 24 horas da capital.
Os candidatos à prefeitura têm sido questionados sobre o assunto e prometido soluções, que vão desde a contração de novos profissionais à criação de unidades próprias para atendimento de determinadas faixas de idade que demandam muito nas unidades, para descolar este público e redirecionar o atendimento, abrindo mais vagas aos demais. Novos hospitais também aparecem entre as propostas.
Além disso, os candidatos têm planos de valorização da carreira destes profissionais, atenção ao atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como à saúde mental. Temas polêmicos também entram no planejamento de alguns, como a legalização de aborto. Confira abaixo algumas das propostas dos candidatos na área da Saúde, com base nos planos de governo registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Uma das primeiras propostas do plano de governo da candidata Professora Andrea Caldas, do Psol, é reabrir a UPA da Matriz e assim aumentar o número de UPAs em Curitiba. Também quer inserir o Hospital Vitória, atendendo 100% SUS dentro da rede. Outra proposta é garantir o aborto legal e seguro para as pessoas que gestam, nos casos que estão previstos em lei. Andrea pretende realizar concurso público para todas as áreas e níveis, bem como contratar agentes comunitários migrantes e indígenas onde existam estas comunidades, para atender às necessidades especificas dessa população, além de construir uma política para a população negra e combater o racismo institucional no SUS Curitiba. Andrea também aposta em investimentos na saúde mental, investimento na expansão dos CAPS existentes e na criação de novos centros de atendimento.
A candidata Cristina Graeml, do PMB, planeja construir cinco novas unidades de saúde em áreas de Curitiba ainda não contempladas e expandir o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e os serviços de cuidados paliativos. Também quer corrigir o déficit de profissionais de saúde em todas as categorias, além de propor a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores municipais, com foco na meritocracia. Ela pretende ainda construir uma nova UPA na zona norte, bem como disponibilizar novas instalações para o Complexo Regulador e modernizar as unidades de saúde existentes. A candidata propõe a promoção de ações que contribuam para o envelhecimento saudável da população e promover Parcerias Público-Privadas (PPP) (PPPs), para investimentos em infraestrutura e tecnologia, além de captar recursos externos para ampliar a oferta e a qualidade dos serviços de saúde em Curitiba.
O candidato Eduardo Pimentel, do PSD, planeja implantar duas novas UPAs em Curitiba e seis novas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, disponibilizar o novo Hospital do Bairro Novo, com estrutura quatro vezes maior que a atual, com o incremento de mais de 200 leitos, sendo estes de enfermaria adulto e infantil, UTI adulto, infantil e neonatal e diversas especialidades. Outra proposta é a criação de um novo Centro de Atenção ao Autismo. A criação de um Centro de Apoio de Diagnóstico por Imagem para exames de Raio X, Tomografia, Ressonância Magnética, ultrassonografias e videoscopias também está nos planos de Pimentel. O candidato planeja ainda a criação de dois novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), ampliação das equipes da Atenção Primária à Saúde e dos quadros técnicos e administrativos da Saúde, assim como aumento da Central Saúde Já, com a criação de dez novas centrais virtuais, com auxílio de Inteligências Artificial.
O plano de governo do candidato Felipe Bombardelli, do PCO, tem basicamente a proposta de garantir que nenhuma empresa privada tome controle do SUS, como acontece com as Organizações Sociais (OS).
Em seu plano de governo, Luciano Ducci, do PSB, pretende voltar os esforços à saúde da mulher e da criança, com a criação de um novo Programa Mãe Curitibana. Também planeja dar atenção socioafetiva aos idosos, especialmente com doenças crônicas, com cuidados paliativos. Além disso, quer potencializar a prevenção contra a dengue.
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O candidato Luizão Goulart, do Solidariedade, planeja investir em mais enfermeiros, médicos, atendentes e especialistas, especialmente para as Unidades Básicas de Saúde e de Pronto Atendimento, com destaque para a pediatria, para reduzir filas para exames e tratamentos especializados. Usar a tecnologia para identificar problemas localizados, em especial no campo das epidemias, como a dengue. Também quer aumentar e popularizar a telemedicina, assim como apresentar um aplicativo com inteligência artificial para resolver o problema das filas para atendimento. Outra proposta é o aumento do número de Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e CAPS de Álcool e Drogas (CAPS AD). Luizão também quer construir o Hospital da Região Norte, ampliar o atendimento no Centro de Atendimento Especializado aos autistas e implantar o Piso Nacional da Enfermagem.
A candidata Maria Victoria, do PP, tem em seu plano de governo a proposta de zerar a fila de espera por consultas em até 180 dias, por meio da contratação emergencial de consultas e procedimentos médicos especializados em clínicas e hospitais. Também quer construir novas Unidades Básicas de Saúde em regiões estratégicas, para redistribuir a demanda e atender às populações sub-atendidas, implementar um sistema moderno e eficiente de agendamento eletrônico e telefônico, expandir os serviços de telemedicina para consultas de baixa complexidade e contratar novos profissionais de saúde. Maria Victoria ainda pretende construir duas novas unidades do Ambulatório Encantar, sendo um na região sul e outro na região norte de Curitiba, bem como contratar sete novos médicos neuropediatras, totalizando três em cada unidade ambulatorial.
Entre as principais propostas do plano do candidato Ney Leprevost, do União, está a criação do Pronto-Atendimento Infantil (Pai), que são unidades para atendimento de crianças e adolescentes para desafogar estes atendimentos em UBSs e UPAs. Além disso, contratar mais profissionais de pediatria. Também quer criar Complexos Interdisciplinares para Autistas (CIAs), para disponibilizar a oferta unificada de terapias, além de atendimento psicológico para pais e mães e transporte adaptado. No médio e longo prazo, pretende novas contratações de psicólogos, psiquiatras, geriatras, pediatras, oftalmologistas e dermatologistas, para diminuição da lista de espera. Uma política permanente de cuidado à saúde mental dos servidores será oferecida por uma rede integrada entre a saúde pública e privada. O número de 115 leitos psiquiátricos serão ampliados e disponibilizados também para tratamento de dependentes de drogas pesadas, como o crack.
O candidato Roberto Requião, do Mobiliza, planeja aumentar a capacidade de atendimento nos postos de saúde, para reduzir o tempo de espera nas filas e investir na aquisição e revisão periódica de equipamentos médicos de última geração, para diagnósticos mais precisos e tratamentos eficazes. Aumentar número de postos de saúde nos bairros e construir novos hospitais também estão nos planos. Requião também pretende eliminar a terceirização da saúde e revisar todos os contratos de serviços e insumos, expandir os serviços de saúde mental, garantindo acesso a psicólogos, psiquiatras e outros profissionais especializados, e garantir que as unidades de saúde ofereçam orientações nutricionais e programas de alimentação saudável para pacientes e comunidade. O candidato planeja ainda integrar os sistemas de informação de saúde privado e público, para melhora da coordenação do cuidado, inclusive no registro de vacinação da carteirinha.
O candidato Samuel de Mattos, do PSTU, tem em seu plano de governo a proposta de ampliar o horário de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, criar um centro de especialidades, contratar concurso público para psicólogos em todas as Unidades de Saúde Básica e escolas da rede municipal, além de ampliar o número de psiquiatras. Ele também quer ampliar e estruturar as unidades de 24 horas para os bairros populares de Curitiba, para acabar com as filas e retomar a gestão de todas as unidades de saúde, hospitais e centros de saúde 24 horas, extinguindo a Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas). Mattos pretende ainda financiamento mínimo de 6% do PIB para a saúde pública estatal, legalizar e regulamentar o aborto, criar laboratórios públicos de produção de medicamentos, reduzir jornada de trabalho para o máximo 30 horas semanais, sem redução de salário, as trabalhadores da saúde, estatizar hospitais particulares, ampliar as UBSs e cancelar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que dificultaria as contratações públicas de trabalhadores para o SUS.