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Por Carol Nery e Karlos Kohlbach
O candidato a prefeito de Curitiba Ney Leprevost (União) afirmou em sabatina que quer “padronizar a velocidade dos radares” das ruas da capital, para acabar com as “pegadinhas” no trânsito da cidade. Ele estreou, na tarde desta segunda-feira (9), a série de entrevistas feita pela Rádio e Portal Banda B em conjunto com o Blog Politicamente com os candidatos à prefeitura da cidade. Para a série, foram convidados seis dos dez concorrentes que obtiveram o mínimo de 5% das intenções de votos na pesquisa Radar, contratada pela Banda B, registrada sob o número 03410/2024 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Nesta terça-feira (10), a sabatina será com o candidato Roberto Requião (Mobiliza), das 13h15 às 14h.
“Não acho que tem que tirar os radares, podem manter. Tem que ter função de educar. Na primeira vez, advertência. Na segunda, emitir a multa”, afirmou Leprevost. Ao apontar o sistema da atual sistema como uma falha da gestão atual, o candidato do União propôs como solução que a velocidade seja a mesma do início ao fim da via que tem radar.
“Se começou com 50 km/h, que vá com 50 km/h até o final. Claro que se for na frente de uma escola, tem que colocar uma lombada eletrônica, para aumentar ainda mais a segurança. Mas, de modo geral, tem que padronizar. Quero acabar com a indústria da multa em Curitiba”, declarou.
Ney Leprevost é novamente candidato a prefeito de Curitiba após o hiato de uma eleição. Ele concorreu em 2016, quando chegou ao segundo turno com Rafael Greca. Em 2020, Leprevost não concorreu, atendendo a um pedido do governador Ratinho Junior. Desta vez, o candidato não abriu mão, mesmo o governador apoiando um de seus principais adversários na corrida pela prefeitura, Eduardo Pimentel (PSD). Isso porque, segundo o próprio candidato, para as eleições de 2024 “o momento é outro”.
“Naquela época, o prefeito Rafael Greca era candidato à reeleição, tinha uma gestão razoavelmente boa. O Ratinho tinha em mim um secretário de confiança. Comandei a pasta mais importante que é da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, estávamos em pandemia e o governador pediu que eu permanecesse com a missão de não deixar nenhum paranaense passando fome durante a pandemia”, justificou Leprevost.
Sobre não ter o apoio de Ratinho, Leprevost garantiu que ainda faz parte do grupo político do governador do Paraná e que a “amizade com Ratinho é indissolúvel”.
“Nada, nenhum tipo de intriga, fará com que Ratinho e eu deixemos de ser amigos. Temos algumas divergências políticas, mas temos muito mais convergências políticas. Tenho que admitir que, de modo geral, Ratinho Junior é excelente governador. […] Entendo a posição do governador e respeito o fato de ele estar cumprindo com sua palavra, mas eu vou ser eleito”, disse.
Uma das divergências citadas pelo candidato do União Brasil é a questão da terceirização das escolas estaduais feita pelo Palácio Iguaçu. “Tivemos algumas divergências, como no caso da terceirização das escolas, em que sou contra, mas temos muito mais convergências. Tenho projetos a cumprir e, quando eu for prefeito, o governador será minha primeira visita”, afirmou, descartando qualquer processo de privatização da saúde e de escolas municipais de Curitiba.
Sobre a tarifa do transporte público de Curitiba, um dos assuntos mais debatidos pelos curitibanos, o candidato do União Brasil promete uma tarifa de R$ 5 a partir de janeiro de 2025 — seria uma redução de R$ 1 no valor da passagem nos últimos seis meses de contrato — e a volta da tarifa domingueira.
Com o senador Sergio Moro, como um dos principais cabos eleitorais, Ney tem conversado com o ex-juiz da Lava Jato e acolhido ideias para o plano de governo — principalmente na segurança pública. Uma das ideias é criar uma Agência Anticorrupção de Curitiba que teria como objetivo prevenir, por exemplo, irregularidades em contratos.
“Quando fui secretário de Justiça, montei um setor de inteligência dentro da secretaria. Era o delegado [Felipe] Hayashi, da Polícia Federal, que cuidava disso. Hoje são quatro secretários no governo para cuidar do que eu cuidava. Ele detectava o problema antes de ser indissolúvel. […] Quero isso, uma secretaria que previna fraude em licitações. Toda licitação de até R$ 160 mil vai ter que ir até o microempreendedor curitibano. Mas não é aí que estão os grandes casos de corrupção. São nas licitações maiores que isso aparece”.
A entrada de Moro na campanha de Ney tem relação direta com a escolha de Rosangela Moro para a vice na chapa do União Brasil. “A sugestão foi do presidente nacional do União Brasil. Murilo [Hidalgo], da Paraná Pesquisa, foi quem levou a ideia para o Antonio Rueda. Ele me chamou, eu e o deputado Felipe Francischini, para uma reunião em Brasilia, e o senador Sergio Moro, e deu a sugestão. E foi muito feliz. Confio na doutora Rosangela. Você não pode ter um vice que você não confia. Conheço há muito tempo. Por outro lado, ela é advogada, vai me ajudar na parte legal do município, é trabalhadora, é simpática, é humana”.
09/09, às 13h15 – Ney Leprevost (União);