Puppi x Rivabem: candidatos de Campo Largo travam duelo por impugnação no TRE

Por Carol Nery

O atual prefeito de Campo Largo e candidato à reeleição, Maurício Roberto Rivabem (PSD), e o principal opositor, Christiano Puppi (PP), travam um duelo na Justiça Eleitoral. Ambos entraram com ações de impugnação, um contra o outro, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Os adversários alegam inelegibilidade eleitoral. Os processos correm na 9ª Zona Eleitoral de Campo Largo.

Eleições em Campo Largo: candidatos a prefeito travam duelo por impugnação no TRE
Christiano Puppi e Maurício Rivabem (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)

 

O candidato Rivabem, que é apoiado pelo governador Ratinho Junior, alega que a candidatura de Puppi representa uma terceira eleição consecutiva do mesmo grupo familiar. Isso porque as eleições de 2016 e de 2020 foram disputadas e vencidas pelo pai do adversário, Marcelo Puppi.

No final do primeiro mandato, em novembro de 2020, no entanto, o então prefeito Marcelo Puppi contraiu Covid-19 e foi internado na UTI do Hospital do Rocio. Ele morreu no dia 7 de janeiro de 2021. Por isso, quem assumiu em seu lugar foi o próprio Rivabem, que era o vice-prefeito.

Conforme a ação, em abril do mesmo ano Rivabem empossou Christiano Puppi para o cargo de Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Metropolitanos de Campo Largo, como justifica a defesa do candidato à reeleição. “Ou seja, manteve, na estrutura da administração pública de Campo Largo o grupo familiar Puppi, em posição de destaque e evidência na gestão”.

Puppi alega que Rivabem já cumpriu dois mandatos ao substituir o pai na prefeitura

Do outro lado do cabo de guerra está Puppi, candidato apoiado pelo senador Sergio Moro (União) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Da mesma forma, a Coligação Campo Largo Merece Mais — formada por PP , Podemos, PRD , União e PL — pede a impugnação do registro de candidatura de Rivabem.

A justificativa é que, ao ocupar o cargo de prefeito a partir de 10 de dezembro de 2020, por conta do afastamento de Marcelo Puppi em razão da Covid-19, ainda no final da primeira gestão Puppi/Rivabem, assim como por toda a segunda gestão, Rivabem estaria inelegível, já que disputar o pleito municipal de 2024 configuraria o intuito de obter pela terceira vez o mesmo cargo político.

A defesa do progressista alega que, apesar de Marcelo Puppi se reeleger para a gestão 2021-2024, não houve diplomação. “Assim, a serventia desta d . Zona Eleitoral limitou-se a expedir o diploma, sem formal entrega àquele”, diz o texto da ação.

Puppi afirma ainda que a internação e o estado inconsciente do pai o impediram efetivamente de tomar posse. Segundo ele, “tendo Marcelo Puppi falecido sem que sequer por um dia exercesse mandato em comento”.

“Portanto, o contexto fático ora apresentado evidencia que RIVABEM está inelegível, em razão do exercício de dois mandatos sucessivos. O mandato decorrente da assunção ao cargo , ao final de 2020 , e o segundo mandato, compreendido entre 2021-2024 . Logo , não pode RIVABEM candidatar -se à reeleição”.

 

 

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