Presidente Lula vai aproveitar visita ao Paraná para gravar programa eleitoral de Luciano Ducci

Karlos Kohlbach e Régis Rieger

O presidente Lula desembarca na região metropolitana de Curitiba na quinta-feira (15). Na agenda oficial, estão a reinauguração da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), localizada em Araucária, no fim da manhã, e uma visita à fábrica da Renault, em São José dos Pinhais, às 15 horas.

O Blog Politicamente apurou que Lula deverá ter outros compromissos — fora da agenda oficial. O presidente da República deve gravar, entre uma agenda e outra, uma participação no programa eleitoral de Luciano Ducci (PSB) — seu candidato a prefeito de Curitiba na eleição de outubro. Não será o primeiro encontro entre eles, depois da convenção do PSB. Ducci esteve com Lula no último sábado em Brasília. Os dois bateram algumas fotos que ainda não foram divulgadas.

Foto: Divulgação/FUP

Aliás, Ducci, que estará em Brasília nesta quarta para participar da sessão da Câmara dos Deputados, vai pegar uma carona no avião presidencial que vai pousar no aeroporto Afonso Pena na manhã de quinta-feira.

A chegada do presidente está prevista por volta de 10 horas. Além de reativar a fábrica, Lula deverá anunciar novos investimentos na Refinaria Getúlio Vargas (Repar). A Fafen entrou em hibernação em 2020, sob o argumento de que a unidade gerava prejuízos.

A fábrica tem capacidade para produzir 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia. A unidade também deve voltar a produzir o Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA), utilizado para reduzir a emissão de gases poluentes em veículos com motor a diesel.

A empresa, vinculada à Petrobras, recebeu um aporte de investimento na ordem de R$ 1,2 bilhão. Mesmo com a reinauguração, a fábrica só deverá entrar em operação plena no segundo semestre de 2025.

Além da recontratação de funcionários, a reabertura da Fafen deve diminuir, ao menos em partes, a dependência do Brasil neste tipo de produto. Só em 2023, os agricultores utilizaram 45,8 milhões de toneladas de adubo.

Mais de 85% dos fertilizantes nitrogenados consumidos pelo Brasil em 2023 foram importados. Grande parte do produto é oriundo da Rússia e de Belarus. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que gerou uma insegurança no agronegócio brasileiro, motivou a retomada da produção no Paraná.

 

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