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Começa nesta quarta-feira (26), o 12º Fórum Jurídico de Lisboa, evento que é realizado em Portugal por um instituto de ensino superior que pertence ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O fórum foi apelidado de “Gilmarpalooza”, numa alusão ao festival de música Lollapalooza.
É uma grande “festa” em Portugal. Neste ano, dezenas de autoridades vão até as terras lusa para discutir temas relacionados ao Brasil. O que muitos se perguntam é por qual motivo um evento que reúne tantos brasileiros para discutir temas importantes para o nosso país, acontece em Portugal e não por aqui?
A lista de autoridades é enorme e inclui a cúpula dos 3 poderes. Só para se ter uma ideia de quem vai ao “Gilmarpalooza”: seis ministros do Supremo Tribunal Federal — mais da metade do colegiado, 12 ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outros seis ministros do Tribunal de Contas da União, que dentre as atribuições está a de fiscalizar o governo federal. Governadores também estarão presentes.
Nove ministros do governo Lula, além dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) estão confirmados no fórum/festival. É um evento que cresceu ao longo dos anos e virou um palco importante para fazer lobby e redes de contatos.
Com mais da metade do STF na lista do “Gilmarpalooza”, a Suprema Corte mudou a agenda tradicional de julgamentos. Ao invés da sessão na quarta-feira, será antecipada para hoje (25).
Na extensa lista do evento, o Blog Politicamente identificou um político do Paraná. O deputado federal Aliel Machado, do PV, está relacionado como palestrante. Ele vai falar sobre transição energética. Conta uma boa fonte, que o deputado federal e ex-governador do Paraná, Beto Richa, também embarca para Europa acompanhar o fórum.
A versão oficial é o evento é financiado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), portanto, não há gasto de dinheiro público. Mas como cada deputado anda com um assessor, cada ministro leva a tiracolo um ou outro aspone, assim como os governadores não será surpresa se o poder público bancar esta estadia em Portugal — sem falar nos seguranças que vão acompanhar os ministros do STF que ganham polpudas diárias para proteger nossas autoridades do Judiciário.