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Em time que está ganhando não se mexe. Está tudo acertado para os deputados estaduais repetirem hoje a mesma estratégia que deu certo ontem (3) na votação do projeto “Parceiro da Escola”: fazer a sessão plenária da Assembleia Legislativa de forma online e híbrida. Foi a saída encontrada para “driblar” a barulhenta manifestação de professores contrários ao projeto que ocupavam o segundo balcão da galeria do plenário.
Os parlamentares contra a proposta do Palácio Iguaçu de terceirização da gestão administrativa de 200 colégios estaduais devem participar da sessão no plenário. Os governistas estarão nos gabinetes ou já em seus redutos eleitorais e votarão de forma online.
Conta uma boa fonte do Blog Politicamente, que a sessão online teve uma avaliação positiva já que a votação transcorreu, apesar de alguns percalços muito em função da dificuldade de alguns deputados mais experientes com a plataforma de transmissão, e, principalmente, evitou o contato “mais próximo” com os manifestantes.
O projeto está na CCJ, que se reúne no início da tarde para analisar a constitucionalidade das emendas que foram apresentadas ao projeto. Ontem a comissão se reuniu e houve um pedido de vista que adiou a conclusão para esta terça. Vencida esta etapa, as emendas serão votadas em plenário. Será dado o texto final ao projeto de lei.
A tendência é que se repita o mesmo cenário de ontem. Manifestantes gritando palavras de ordem para que o governo retire o projeto da terceirização, os deputados de oposição e alguns governistas que estão do outro lado da trincheira, tentando adiar a votação, e a ampla maioria dos parlamentares da base aliada de Ratinho vão aguardar, de dentro de seus gabinetes, a hora de votar SIM.
Um pouco antes das 11h desta terça, a oposição fez mais uma tentativa para tentar suspender a tramitação do projeto na Alep. Decidiram entrar com uma reclamação constitucional no Supremo Tribunal Federal pedindo liminarmente a suspensão do andamento da proposta do governo “até a juntada de estimativa de impacto financeiro-orçamentário e análise pela Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná”. O documento é assinado pelo escritório Delazari Sociedade de Advogados — do diretor jurídico da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Ferrari Delazari — que representa nesta ação os sete deputados do PT, além de Goura (PDT) e Mabel Canto (PSDB).
“O debate deve se estender e entendemos que há muitos defeitos nesse projeto, do jeito que chegou a esta Casa de Leis. Ser contra esse projeto não é pauta com bandeira partidária ou perseguição de sindicalistas, mas um posicionamento que parte de uma análise técnica, séria e responsável, dentro do que prevê a nossa legislação”, alertou o líder da oposição, deputado Requião Filho.