A agenda pós Itália do governador Ratinho

Passados os compromissos na Itália, o governador Ratinho Junior (PSD) está de volta ao gabinete no Palácio Iguaçu nesta segunda-feira com agenda cheia – tanto administrativa quanto política.

Enquanto esteve no território europeu, o governador era avisado pelo whatsapp a par e passo do que acontecia por aqui. Chegou a ele, por exemplo, o quiproquó envolvendo o Delegado Geral da Polícia Civil Silvio Rockembach e o deputado estadual do Republicanos e também delegado Fernando Martins.

O parlamentar usou a tribuna para dizer que foi ameaçado por Rockembach durante uma reunião na Casa Civil que debatia as pautas da classe dos policiais no Estado. Os deputados, inclusive da base governista, imediatamente passaram a colher assinaturas para encaminhar à Secretaria de Segurança Pública e ao governador um requerimento solicitando apuração do caso.

O Blog Politicamente apurou que a relação do Delegado Geral da PC com os deputados não é das melhores. Existe muita reclamação com relação à falta de diálogo com o chefe da Polícia Civil do Estado. A temperatura subiu e o caso já chegou ao governador Ratinho e ao secretário Wagner Mesquita que devem deliberar sobre o caso nos próximos dias. Não está descartada uma mudança no comando da PC.           

Cenário político — No campo político/eleitoral, a volta do ex-juiz federal Sergio Moro (União) para o cenário da política paranaense deve tomar algumas horas da apertada agenda – pós expediente – do governador. Será preciso costura política, muita conversa e cafezinho com caciques partidários para realinhar a aliança que pretende se montar em torno da reeleição de Ratinho Junior. O que parecia já muito bem formatado e encaminhado terá de ser repensado.

No Palácio Iguaçu e no QG comandado pelo argentino a ordem é evitar a todo custo uma nova candidatura ao Governo do Estado que poderia levar a disputa para o segundo turno – ameaçando os planos já traçados.

Atrair Alvaro Dias (Podemos), oferecendo a vaga ao Senado, para evitar que ele entre no páreo pelo Palácio Iguaçu representa, praticamente, romper com o presidente Jair Bolsonaro (PL) – o que, por ora, também esta fora de cogitação.

Bolsonaro e Alvaro não se bicam e o Capitão não torce pela reeleição do candidato do Podemos. Cientes de que não têm o apoio da ala esquerda, brigar com a Direita do Capitão pode ser uma estratégia errática e o assunto só deve ser resolvido próximo das convenções.

Desde a volta de Moro, os estrategistas e os palpiteiros que circundam o governador, têm pensado em tudo. Chegaram até a sugerir uma conversa com Bolsonaro para oferecer uma embaixada para Alvaro Dias – no entanto, sem a certeza da reeleição presidencial, numa eventual vitória do petista Lula o plano seria rapidamente desfeito.

Ainda não se sabe quais caminhos serão percorridos. Fato é que o percurso até então desenhado já esta desatualizado.

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