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Alguns observadores mais atentos do Centro Cívico já vinham achando incomum alguns desencontros de agenda do governador Ratinho Junior (PSD) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) quando o “Capitão” estava em solo paranaense. O assunto, conta uma fonte do Blog Politicamente, chegou a ser comentado no avião presidencial no retorno à capital federal. Mas, ficou por isso mesmo.
Em uma das recentes visitas, mais uma incompatibilidade. Governador esteve num dia na Expoingá e Bolsonaro em outro. E daí começaram os buxixos. Fotos com sorrisos e acenos do governador no evento que Bolsonaro só esteve na semana seguinte. Sacaram os celulares e começaram a stalkear — não no sentido criminal, só para mera avaliação — o governador paranaense. Cruzaram as fotografias com pesquisas de intenção de voto no Paraná em que o cenário está justo entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
Ratinho Junior teria tirado o pé nas agendas comuns ao Capitão? Foi uma das questões aventadas. Seriam só desencontros infortúnios mesmo? A lua de mel, vista nos primeiros anos de gestão de ambos, com inúmeras visitas, especialmente, à região de fronteira do Paraná, foi esquecida e passou-se a questionar o palanque de Bolsonaro no Paraná.
A desconfiança está mais em Brasília do que no Paraná. Mas sabendo da interrogação na cabeça do “Capitão” e o jeitão do presidente, assessores mais próximos preferiram mandar um sinal de fumaça que pudesse chegar no Palácio da Alvorada.
Almoço da paz — No início desta semana, Ratinho ofereceu um almoço aos seis deputados federais do PSD na sede do partido – a poucos quilômetros do Palácio Iguaçu, próximo ao MON.
Um dos presentes contou ao Blog Politicamente que Ratinho disse explicitamente que vai apoiar o presidente Bolsonaro na eleição de outubro.
A declaração, feita entre quatro paredes de uma sala de refeições, como desejado pelo governador, chegou a Brasília. E a intenção essa exatamente esta. Que o posicionamento político do governador chegasse ao Palácio da Alvorada.
O recado chegou. Em alto e bom som e por mais de um parlamentar. No entanto, parece não ter sido o suficiente para deixar o Capitão e seus asseclas satisfeitos.
Conta uma fonte do Blog Politicamente, com bom trânsito em Brasília e no Paraná, que Bolsonaro espera, digamos assim, uma manifestação pública.
“Enquanto o governador Ratinho não for a público, com cobertura de imprensa e tudo, e declarar que está firme e de maneira incondicional na campanha à reeleição de Bolsonaro, o ‘capitão’ irá manter seu pelotão de sobreaviso para alavancar uma eventual candidatura do deputado federal londrinense Filipe Barros (PL) ao governo do Paraná”, contou a fonte.
Pois bem. Talvez o aceno pode vir neste sábado, em Curitiba, quando Bolsonaro e Ratinho estarão juntos na Marcha para Jesus. Pelo menos o compromisso eclesiástico está na agenda de ambos. Uma pessoa ligada ao Capitão e adepta ao Evangelho até profetizou: “O que Deus une, nem o homem separa”.