Os interesses de Ricardo Barros e Rafael Greca

Na semana que passou, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), e Ricardo Barros, que é deputado federal, cacique do PP do Paraná e secretário de Indústria, Comércio e Serviços do governo Ratinho Junior, não de desgarraram. Em pelo menos três eventos oficiais, os dois apareceram juntos e sorridentes. O progressista compareceu até em evento de inauguração de escultura.

Eles  mantêm boa relação pessoal e política, mas esta “overdose” de Greca e Barros em compromissos por Curitiba chamou a atenção. Ambos têm planos políticos bem definidos: o progressista, a curto prazo, está de olho numa eventual eleição suplementar para o Senado Federal, em caso de cassação do mandato do senador Sergio Moro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o prefeito nutre o desejo de ser o próximo governador do Paraná — projeto para 2026.

Nesta “relação ganha-ganha”, Ricardo Barros está de olho na aprovação de cerca de 70% de Rafael Greca junto ao eleitorado de Curitiba, maior colégio eleitoral, para catapultar a candidatura, se ela vier, ao Senado Federal. Greca também tem lá seus interesses. Até as pedras do Centro Cívico sabem, que Greca tem articulado nos bastidores para suceder Ratinho Junior no Palácio Iguaçu.

Ele, sem dúvida, é um dos nomes fortes para disputar o governo. E como Ricardo Barros pode ajudar Greca? O prefeito hoje está no PSD do governador, que por sua vez ainda não escolheu o sucessor. Diante da dúvida, Greca quer deixar a porta do PP de Ricardo Barros aberta caso precise mudar de partido para disputar a eleição majoritária de 2026.

Como já dito, na relação Greca-Barros ninguém perde, todos ganham — pelo menos por enquanto.

 

 

 

Foto: Divulgação

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