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Antes mesmo do presidente Lula voltar de mais uma viagem internacional, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fora avisada que o petista queria se reunir com ela, tão logo ele pousasse em território nacional, para tratar de alguns detalhes da reforma ministerial que pretende implementar já a partir de janeiro de 2024. Algumas correções de rumo, como está sendo tratado no Palácio do Planalto.
A petista já tinha conhecimento da intenção e Lula de levá-la para a Esplanada dos Ministérios — apesar da consequente vacância no posto máximo do Partido dos Trabalhadores, tendo como agravante as eleições municipais de 2024 que se avizinha.
Ao ser consultada sobre este ou aquele ministério, Gleisi recusou. Um dos convites foi para que assumisse o lugar de Flávio Dino no Ministério da Justiça. Gleisi disse não a este como outros postos no Governo Federal colocados à mesa. Para o posto de Dino, que está prestes a ser sabatinado no Senado Federal, antes de ser ungido ministro do Supremo Tribunal Federal, Gleisi declinou da possibilidade alegando que o perfil dela que não se enquadra ao desejado para a função. O receio dela seria um desgaste desnecessário, a essa altura.
O que se comenta nos bastidores é que a negativa é temporária e um apelo do presidente Lula colocaria fim às recusas. Neste momento, a petista considera ser mais útil como dirigente partidária do que como ministeriável — posição que pode se inverter após o pleito de 2024. Há quem diga que o apelo presidencial pode vir antes, já nos primeiros meses do ano que se aproxima.
O nome da Gleisi estava sendo cotado para a Secretaria-Geral da Presidência, para o Ministério do Desenvolvimento Social e para o Ministério da Justiça. Com as negativas da petista, Lula terá de rever suas preferências. O posto de Dino deve ficar só para fevereiro, já que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luis Roberto Barroso, já sinalizou que a posse do novo integrante da Suprema Corte vai ficar só para o mês do Carnaval.
Ao mesmo tempo, Lula ganha tempo na difícil escolha do sucessor de Gleisi no comando nacional do PT — posto estratégico principalmente em ano de eleições municipais, tendo o PT capitais e cidades estratégicas para o crescimento e fortalecimento da legenda frente, principalmente, ao PL de Jair Bolsonaro.