8/2: TRE marca nova data para julgamento de Sergio Moro

A transição da gestão de Wellington Emanuel Coimbra de Moura para a de Sigurd Roberto Bengtsson no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná talvez explique esse vai e vem de datas do julgamento do processo contra o senador Sergio Moro (União Brasil).

O sistema interno do tribunal registrava a inclusão do processo na pauta da sessão do dia 19 de fevereiro, mas ontem (31), o presidente Wellington Emanuel Coimbra de Moura resolveu adiantar para o dia 8 — o que pegou alguns juízes de surpresa. A mudança marca um dos últimos atos do magistrado à frente da Corte Eleitoral paranaense.

A “novela” pode ter um novo capítulo. Conta uma boa fonte do Blog Politicamente, que o desembargador Sigurd Bengtsson, que assume hoje o comando do tribunal, pode modificar mais uma vez a data de julgamento. Isso porque, desde o dia 27 de janeiro, quando terminou o mandato do juiz Thiago Paiva e dos substitutos José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior, o TRE do Paraná esta com o quórum incompleto.

A nomeação de um novo juiz depende do presidente Lula. Nesta quinta-feira (1°), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve homologar a lista tríplice para, em seguida, encaminhar para o Palácio do Planalto. A expectativa é que o presidente possa indicar já na próxima semana. Os favoritos são justamente Sade e Aurichio.

Se este cronograma se confirmar, diz a fonte do Blog Politicamente, Sigurd manteria o julgamento para o dia 8. Mas caso contrário, existe a chance de uma nova remarcação do julgamento de Moro no TRE paranaense.

O vai e vem tem chamado a atenção da imprensa que se mobiliza para acompanhar in loco o julgamento que pode catapultar a carreira política de Sergio Moro ou tornar o ex-juiz da Lava Jato, além de cassado, inelegível pelos próximos 8 anos.

Moro é acusado pelo PT, do presidente Lula, e pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, de prática de caixa 2, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. Pela similitude das ações, o TRE unificou as duas ações. O ex-juiz da Lava Jato nega categoricamente qualquer irregularidade.

 

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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